O governo federal anunciou que o “Gás do Povo”, programa que substitui o antigo Auxílio Gás, deve entrar em operação ainda em novembro. A informação foi confirmada pela diretora de Programas do Ministério do Desenvolvimento Social, Analúcia Alonso, que projeta atender cerca de 15,5 milhões de famílias até março de 2026.
Sancionado em outubro, o novo benefício garante gratuidade no botijão de gás de 13 kg para famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) com renda de até meio salário mínimo (R$ 759). A seleção dos contemplados será automática, com prioridade para quem já recebe o Bolsa Família, e dependerá da disponibilidade orçamentária do governo.
A retirada do botijão será feita diretamente em revendas credenciadas. Para isso, o beneficiário deverá apresentar o cartão do Bolsa Família ou o cartão da Caixa Econômica Federal. A gratuidade será aplicada no momento da compra, sem cobranças adicionais — exceto frete ou troca de vasilhame, quando necessário.
Quantidade de botijões varia conforme o tamanho da família
- Famílias com 2 a 3 pessoas: até 4 recargas por ano, com validade de 3 meses cada
- Famílias com 4 pessoas ou mais: até 6 recargas por ano, válidas por 2 meses cada
Segundo Analúcia Alonso, o programa tem como foco combater a pobreza energética e reduzir o uso de alternativas inseguras como álcool, carvão ou querosene. “Muitas famílias ainda cozinham sem segurança. Isso aumenta o risco de queimaduras e problemas respiratórios, especialmente entre mulheres e crianças”, destacou.
A fiscalização será realizada pelos Ministérios do Desenvolvimento e Assistência Social e de Minas e Energia, com apoio da Caixa, Dataprev e Agência Nacional do Petróleo (ANP). Para permanecer no programa, as famílias devem manter o CadÚnico atualizado dentro do prazo de 24 meses.


