Na sessão ordinária desta terça-feira (21), o presidente da Câmara Municipal de Salvador (CMS), Carlos Muniz (PSDB), declarou que não pretende votar nenhuma proposição já aprovada pelas comissões antes de uma reunião entre os líderes partidários.
Muniz afirmou: “Quero chamar a atenção do líder do governo e líder da oposição. Não temos nada pautado para votar. O presidente aqui não tem interesse em votar nenhum dos projetos que foram aprovados nas comissões. Então, quero deixar bem claro aqui que meu interesse de votar qualquer que seja o projeto é zero. E não vamos votar nenhum projeto antes de que haja reunião de líderes.”
Conforme divulgado no Diário Oficial da CMS, foi agendada para 22 de outubro uma reunião conjunta das Comissões Permanentes, às 11h, com o objetivo de debater dois projetos de autoria da Prefeitura de Salvador:
- O PLC 004/2025, que institui o Plano Diretor de Tecnologias da Cidade Inteligente (PCTCI) e altera a denominação da COGEL (Companhia de Governança Eletrônica de Salvador).
- O PLE 424/2025, que propõe modificações nas Leis n.º 9.281/2017 e n.º 9.148/2016, encargadas do ordenamento urbano e do código de obras no município.
Em coletiva após a sessão, Muniz explicou que a decisão partiu dos próprios líderes, e que os projetos serão incluídos na pauta apenas quando houver consenso entre eles. “Eles acham que os projetos não devem ser votados com a rapidez que necessitam. Assim que a maioria dos líderes achar que os projetos devem ser votados, nós colocamos que vão votar. Se eles acharem que devem ser votados amanhã, nós votaremos amanhã. Depende dos líderes partidários”, disse ele.
Ele ainda acrescentou que, antes da votação, será necessário que a Comissão de Constituição e Justiça se posicione: “A Comissão de Constituição e Justiça amanhã irá liberar, deliberar ou irá rejeitar os projetos e assim que eles estiverem liberados, nós poderemos pautar para votar. Antes de nós votarmos, precisamos de ter pelo menos uma reunião para que nós possamos ver quais são os projetos que poderão ser votados. De acordo com o que pode ser votado, não existe interesse dos vereadores no momento em que votem, então o presidente da Câmara não faz a vontade de si próprio, faz a vontade do colegiado que é dos colegas vereadores.”


